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Variedade

Meia Maratona do Rio de Janeiro, uma corrida com a alma em uma natureza celestial.

Caríssimos,
No encontro desse mês, as corridas de rua serão o assunto; hoje, uma verdadeira febre que tomou conta de todos os estados do Brasil e praticamente está em todos os países do mundo.


A cada dia vem conquistando adeptos dos mais variados tipos e pretensões.
O preparo para uma corrida é sempre muito exaustivo, pois são fundamentais uma alimentação balanceada, disciplina, treinos intensos, dormir cedo e “madrugar” para chegar ao local da prova sem que haja imprevistos. Mas por outro lado é recompensador, não apenas pela questão de saúde, mas principalmente pelo espírito que envolve todas as provas, onde encontramos pessoas de todas as faixas etárias, condicionamento em vários níveis, porém todos com disposição e determinação.


Vou fazer uma visão panorâmica de nossa primeira meia maratona, que aconteceu em julho de 2017 e que já faz parte do calendário oficial de atividades esportivas, Maratona e Meia Maratona da Cidade do Rio de Janeiro.


Fomos privilegiados pelo percurso que foi acompanhado de uma paisagem exuberante em todo seu trajeto. Não é à toa que essa cidade é chamada de maravilhosa.

Estavam inscritos mais de 13.000 pessoas e foi uma festa desde a largada até a chegada. Partimos antes das 8 horas da manhã da Praia do Pepê na Barra da Tijuca, com destino ao Aterro do Flamengo, 21 km de pura beleza.


Os dias que antecederam à prova foram tomados por grande ansiedade e na véspera já não conseguíamos pensar em outra coisa, dormir bem foi tarefa quase impossível naquela noite. O medo de perder o horário da prova e a alimentação adequada povoavam nossos pensamentos, principalmente, pelo fato de termos saltado das provas de 10 km para 21 km, sem passarmos pela intermediária de 16 km, uma verdadeira ousadia.


O inicio da prova é complicado, pois a quantidade de atletas não permite que você atinja o ritmo desejado. A partir do 1 km, já no elevado do Joá, muitos ficaram pelo caminho, assim como muitos nos ultrapassaram. A vista é recompensadora, a beleza natural de nossa cidade é acalentadora e realmente ímpar em todo o mundo.

Quando chegamos a São Conrado, surge o primeiro desafio, a tão temida e desafiadora subida da Avenida Niemeyer. Mas, o desafio não foi tão difícil quanto imaginávamos, e após 3 km chegamos ao deslumbrante cartão postal que é o Mirante do Leblon.


Paralisados por tamanha beleza, muitos corredores de outros estados e países não resistiram e precisaram parar a fim de registrar uma foto inesquecível naquela paisagem de tirar o fôlego e naquele dia o céu sorria e contemplava-nos sem uma nuvem.


Com o privilégio de morar nessa cidade, seguimos em frente e nosso desafio passou a ser percorrer Leblon e Ipanema, chegar ao Arpoador parecia uma missão interminável, dessas que não terminam como “missão dada, missão cumprida”. Chegando ao Arpoador, muitos comemoravam, sem saber que pela frente ainda viria toda a princesinha do mar e tínhamos apenas chegado à metade do percurso.


Quando chegamos à Avenida Princesa Isabel, nos demos conta de que ainda precisaríamos vencer o Aterro do Flamengo, com o sol já bastante alto e o cansaço dando dicas de que já estava presente, até a hidratação parecia não aliviar. Já tínhamos ultrapassado os 16 km e ainda restavam 5 km, desistir nessa fase jamais, a determinação fala mais alto e nessa hora um simples gato se transforma em um valente leão.


Enfim começamos a visualizar a linha de chegada, porém a sensação era de que quanto mais nos aproximávamos, na mesma proporção ela se afastava.
E quando finalmente conseguimos ultrapassar não só a linha de chegada, mas também todas as ansiedades e angústias vieram a sensação de dever cumprido, superação, felicidade e confraternização, todas acompanhadas de muitas dores no corpo que pareciam impedir a aventura de se dar mais uma passada.


Na linha de chegada encontramos corredores de 5km, 21 km e 42 km, fazendo festa e descrevendo os principais ”causos” da corrida. Ainda não nos vislumbramos em uma maratona, mas com certeza outras meias maratonas virão, principalmente, nessa cidade maravilhosa.


Assim, depois de nossa primeira meia maratona, mais do que nunca ratificamos: a ordem do dia continua sendo MEXAM-SE. Experimentem a sensação de correr uma prova ou caminhar, pois correr ou caminhar é como viver: cansa, exige determinação, persistência, às vezes machuca.
Mas, quem começa não para jamais...


Autora: Dra. Sandra Martins