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Variedade

Sonho de uma noite de “Quase Primavera”

Estávamos todos inebriados de felicidade. A felicidade do dever cumprido, a felicidade de estarmos com queridos amigos que moram distante, mas desta vez perto do corpo e d’alma. Felicidade de poder compartilhar com o mundo aquilo que somos capazes de fazer. Vontade de gritar para todos a alegria que não cabia no peito. Mais de dois anos de luta para realizar o evento e o sucesso falava por si....


Reunimo-nos exaustos, mas animados, para celebrar, dançar, agitar, gritar e gastar o restinho de energia ..... E como comentou uma amiga, “Carioca que sabe fazer festa, nada de discursos”. Afinal, tudo já havia sido dito, era hora somente de relaxar e aproveitar.


E entrou a bateria, e como carioca que sou, o sangue ferveu nas veias. “É a União da Ilha aí, Dr. Walkir!!!!!!!!!!!!!!!!!!!” e pronto. Só os doentes do pé ficaram sentados. As mulatas, um show à parte. Empolgaram até os mais sisudos professores. Os mais despojados estavam se sentindo em casa. Cada um sambou como sabia. Até eu com meu passinho de gringo.


Para a surpresa da noite, o Buchecha. Que grata surpresa! Não imaginava a versatilidade deste artista. Não imaginava a mulherada empolgada no funk invadindo o palco para dançar ate o chão. E gente madura, gente jovem, gente criança, quem estava lá só faltou se estapear para ganhar um boné ou um CD, no melhor estilo Funk Favela. Até a nossa assessora de imprensa.
A festa não terminou após os shows. O grupo que ficou animado até o dia raiar não se importou com as vassouras e dançou até não ter música. Pilha de sandálias.... Inesquecível.


Foi um sonho bom. Tudo foi bom. Acordamos. Mas ficamos enlevados com a candura do sonho bom. E vai durar muito......tomara que para sempre...
 
Autora: Dra. Selma Merenlender