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Palavra do Presidente

Palavra do Presidente

Senhoras, senhores, associados da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro, amigos e familiares,

Antes de mais nada é preciso agradecer às pessoas que nos estimularam e desejaram sucesso, à nossa Diretoria (mais de 40 colegas que aceitaram o desafio de participar conosco desta “jornada de dois anos”), e ao meu antecessor, Dante Bianchi, que já deixou registrado que conseguimos nos entrosar muito bem, apesar da diferença de idade (ele simplesmente termina o mandato como Presidente mais novo e eu, do alto dos meus 57 anos, começo como Presidente mais velho).

Inicialmente vou contar resumidamente “Como chegamos aqui”. Iniciarei lembrando do meu saudoso avô materno e padrinho, Clóvis Martins Ferreira, que, apesar de não ser médico, mas químico industrial, sempre teve vida societária, tendo exercido cargos no Conselho Federal de Química e na Associação Brasileira de Química.

Meu pai, oficial de marinha, do Corpo da Armada. Cursei 11 anos no colégio Santo Inácio, em uma época na qual havia um boom da engenharia, e a escola de certa forma nos estimulava a escolher essa carreira. Me formei em Engenharia Civil, dessa forma, apesar de ter desanimado com o curso desde o início, mas não ter tido coragem de desistir.

Medicina ainda parecia uma hipótese remota, até porque eu tinha dificuldade para “ver sangue” e desmaiava. No entanto, vendo os livros do Marcelo Andrade, meu irmão mais novo, e ouvindo algumas de suas histórias, resolvi fazer outro vestibular (escondido do meu pai). Entrei para o “Fundão” e passei a conciliar a graduação com o Mestrado em Engenharia Biomédica, que defendi em 1991, ainda no oitavo período do Curso de Medicina.

Ia me especializar em Cardiologia, porém no primeiro ano da residência (ainda em Clínica Médica no HUPE, tive o prazer de conhecer a Professora Elisa Albuquerque. A didática, o interesse e a empolgação dela me fizeram mudar de ideia, e acabei conseguindo ser o primeiro residente de Reumatologia do HUPE, orgulho que cultivo até hoje.

Não posso deixar de registrar meus agradecimentos aos outros membros do Serviço que me estimularam muito na época, Geraldo Castelar, Evandro Klumb e Roger Levy. Tive também a sorte de ser querido pelo Dr. Nocy Leite, do Hospital Federal dos Servidores do Estado, onde, após concurso, acabei cursando o quarto ano de residência (terceiro ano de Reumatologia). Em 1998, em Fortaleza, prestei o concurso para obtenção do Título de Especialista em Reumatologia, estimulado pelo amigo José Verztman, tendo sido aprovado.

Participei pela primeira vez da Diretoria da SRRJ na gestão da amiga Marilena, como Diretor de Biblioteca de 1998 a 1999. Fui seguindo um caminho de assistência em reumatologia, trabalhando principalmente na rede pública na Prefeitura de Duque de Caxias, Hospital da Lagoa e principalmente no Corpo de Bombeiros. Como tinha muito interesse acadêmico, resolvi cursar Doutorado em Saúde Pública na ENSP/Fiocruz (defendi em 2003).

Apesar do afastamento nos últimos 15 anos da assistência reumatológica, destacamos dois fatos que nos “trouxeram aqui”: nossa atividade como Professor Titular de Reumatologia da Universidade de Vassouras desde de 2005 e nossa participação como Diretor Científico do Congresso Brasileiro de Reumatologia de 2018, terceiro maior congresso da nossa especialidade no mundo. O evento foi um sucesso! Foram batidos todos os recordes de público, arrecadação, números de temas livres e pôsteres, e de convidados internacionais.

Dando sequência ao nosso roteiro, sigo apresentando a resposta para o segundo item: “Por que ser sócio da SRRJ?”. Essa resposta, a nosso ver, é muito simples. Inicialmente por ideologia, pois a SRRJ nos representa como especialistas em reumatologia, divulgando nossa especialidade, de forma que os pacientes e outros médicos nos conhecerão melhor, acarretando as vantagens dessa divulgação. Além desse fato, manteremos a gratuidade de eventos para sócios adimplentes, valorizando o investimento gasto na anuidade, que equivale praticamente ao custo da inscrição em apenas um dos vários eventos anuais que promoveremos.

Passamos então ao momento em que consideramos “por que ser Presidente da SRRJ?” Aqui respondo de forma sucinta e direta. Acredito que não precisamos ser especialistas em gestão para contribuirmos participando com um cargo de presidência. Acho que qualquer associado efetivo, que goste da vida societária e tenha interesse em um dia assumir este cargo, deve lançar sua candidatura. Obviamente, a gestão das pessoas e de qualquer sociedade é uma tarefa muito trabalhosa. Quem assumir esse cargo deve estar preparado para reduzir o lazer com a família, e até mesmo a atividade profissional, porém se escolher bem a equipe (como, modéstia à parte e sem “rasgação de seda”, eu fiz) certamente se sentirá muito bem, pois a sensação de “dever cumprido” é gratificante.

Nossa Diretoria, que procuramos montar conciliando vários aspectos como afinidades pessoais, meritocracia, facilidade de relacionamento e equilíbrio entre Serviços do Estado (proporcional ao número de membros em cada), já forma uma equipe coesa desde as primeiras conversas e reuniões de transição, e promete trabalhar com apreço e dedicação.

Começo pela Diretoria Executiva: Carla Dionello (Vice-Presidente), Marcelo Pacheco (Diretor Científico), José Verztman, Morgana Ohira (Secretária Geral), Kátia Lino (Primeira Secretária), Alessandra Pereira, Jaime Danowski (Diretor de Ética, Normas e Regimentos), Luiz Felipe Dipe (Tesoureiro Geral), Lívia Madeira (Primeira Tesoureira), Ingrid Moss (Diretora de Mídias), Luiz Eduardo Oliveira (Diretor do Interior), Ana Beatriz Vargas (Editora do Boletim) e, Victor Verztman (Coordenador do Clube do Reumatismo).

Além destes membros escolhidos por nós, contaremos com a colaboração do Conselho Fiscal (Dante Bianchi, José Verztman e Selma Merenlender).

A seguir, apresentamos cada um dos grupos ainda não completamente citados acima:

I) Diretoria Científica: Marcelo Pacheco, José Verztman, Veronica Marta Félix, Veronica Vilela e Fernando Majerowics;

II) Diretoria de Mídias: Ingrid Moss, Ricardo Vaz, Nelson Araújo Filho e Natalia Querido;

III) Diretoria de Ética, Normas e Regimentos: Jaime Danowski, Joaquim Nava, Sheila Knupp e Washington Bianchi;

IV) Diretoria do Interior: Luiz Eduardo Oliveira, Camila Leijoto, Isabella Coutinho, Isabel Maria Teixeira, Flávio Pereira, Luiz Octávio D'almeida, Raquel Zandonade e Maria da Glória Barros;

V) Editores do Boletim: Ana Beatriz Vargas, Helena Tupinambá, Marina Porangaba, Matheus Vieira, Pedro Viana, Verônica Mello, Flavio Sztajnbok, Carla Gottgtroy e Kelly Rodrigues Silva;

VI) Coordenação do Clube do Reumatismo: Victor Verztman, Mariana Schaefers,  Luísa Coelho, Gabriela Brum e Camila Pitasi.

O penúltimo item do nosso roteiro consiste em: “Propostas para o Biênio”. Iniciaremos nossas atividades logo na semana após o Carnaval, no dia 25 de fevereiro de 2021 com uma Assembleia para definir assuntos importantíssimos, como a própria forma de convocação das assembleias e as propostas da criação dos novos cargos, inclusive o de “Ouvidor”, também recém-criado na SBR. Considerando a pandemia, independente do início da vacinação, nossas jornadas e nossos Clubes do Reumatismo serão virtuais, pelo menos no decorrer de 2021.

Serão quatro jornadas que acontecerão aos sábados. A Primeira acontecerá dia 20 de março. A seguir (27 e 28/3), teremos nosso Curso Preparatório para Prova de Título de Especialista (também virtual, gentilmente coordenado pelo nosso amigo Victor Verztman. Serão no total quatro jornadas, além do ReumaRio, que ocorrerá conjuntamente com o Encontro Rio-São Paulo (29, 30 e 31 de julho – formato ainda a ser definido em conjunto com a SBR). Pretendemos retornar ao formato de apresentações de casos (possivelmente de maneira mais dinâmica, com “gamificação”) e, eventualmente palestras científicas ou mesmo sobre outros temas gerais (filosóficos, artísticos), inclusive com participação internacional.

Já selecionamos uma Assessoria de Imprensa para nos auxiliar em divulgar a nossa “marca”. A mesma assumirá as mídias sociais, boletim (que deixará de ser impresso), e a nossa newsletter. Nossos custos diminuirão muito com a interrupção da elaboração e envio dos boletins físicos, e acreditamos que serão mais lidos pela maior disponibilidade de acesso.

Gostaríamos de ampliar o número de associados, inclusive os correspondentes, para aumentar nossa visibilidade e aprimorar nossa produção/ conhecimento científico.

Por falar em produção científica, pretendemos estimular a colaboração entre os diversos serviços (mesmo de outros estados ou países) a realizarem projetos científicos em parceria.

Sabemos que nossa tarefa é hercúlea, mas com uma equipe motivada e comprometida, contando com a colaboração de TODOS os associados acreditamos que podemos atingir essas metas. Relembro, nesse momento, dona Neuza Poeys Cabral, minha sogra, que apesar de hipertensa e estar com 74 anos, decidiu realizar o sonho de voar de para-pente. Inicialmente contra a vontade dos filhos, porém, com apoio do seu cardiologista. É um desejo e um desafio que merece ser realizado, de forma análoga a presidir a SRRJ.

Muito obrigado! Fiquem bem! Evitem aglomerações e usem máscaras! Cuidem-se TODOS. Boas Festas e um 2021 de conquistas para nós!

Carlos Augusto Ferreira de Andrade

Presidente da SRRJ biênio 2021-2022