A trilha da Pedra Bonita é uma das mais populares hoje no Rio de Janeiro. Fica em posição de destaque na cidade, pois além de proporcionar visual indescritível, fica localizada logo acima da Rampa de Decolagem de Voo Livre de São Conrado, proporcionando ao “trilheiro” a oportunidade de acompanhar de camarote a atividade na rampa, que hoje pode ser considerada a rampa mais segura do mundo para a prática do parapente e asa delta.
Além disso, não por acaso, a Pedra Bonita fica exatamente em frente ao rosto da Esfinge da Pedra da Gávea. Reza a lenda que uma figura com corpo de leão e rosto humano, teria sido esculpida, com a ajuda de seres extraterrestres, a partir do cume da Pedra Bonita. O fato é que se pode facilmente identificar a esfinge de seu cume.
Quem tiver sorte pode acompanhar a evolução dos alpinistas por uma das mais tradicionais e antigas vias de alpinismo do Rio de Janeiro: a Passagem dos Olhos. Quem tiver mais sorte ainda, poderá acompanhar o salto de atletas de base jump e wing suite. Esses atletas saltam do topo da cabeça da esfinge e depois de desviarem da montanha, pousam na praia de São Conrado. O cume da Pedra Bonita é também o local mais indicado para se visualizar a Favela da Rocinha, a maior do Brasil, com total segurança.
Levando em conta que como em hebraico, uma língua intimamente relacionada, o fenício é escrito da direita para a esquerda, esta inscrição deve ser lida como TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL, que é traduzido aproximadamente como "Aqui Badezir, rei de Tiro, filho mais velho de Jetbaal". O nome da frase é apontado como correspondente a um governante fenício chamado Badzir (ou Badezir), de cerca de 850 a.C., filho de Etbaal. A "face" da rocha teria sido esculpida à semelhança de Badzir.
Entretanto, há uma série de problemas com esta suposta inscrição: os fenícios não se referiam a si mesmos como "fenícios", visto que esse é um termo do grego antigo para se referir a esse povo, ou mais precisamente, uma derivação do termo grego. Outro fato é que, como se sabe, a travessia do oceano Atlântico iria muito além das habilidades navais fenícias, que sempre viajaram perto das margens. A brevidade da inscrição, bem como uma aparência um pouco desleixada, aponta para uma falsificação grosseira que tinha como objetivo explicar o monólito de acordo com as civilizações do Velho Mundo, ou, simplesmente, uma ação da natureza ao desgastar o rochedo.
Se você tiver curiosidade, veja a Teoria da presença de fenícios no Brasil.
FOTO: Professores Eleni Tiniakou, Jemyma Albayda e Julie Paik, Universidade Johns Hopkins, no Pré Reumario 2017.
Autor: André Modelo Produções e Eventos +55 21 983735453
André Luiz Pereira E Souza: Campeão Brasileiro e PanAmericano de Parapente e Guia de Montanha.